terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Orgulho de ser brasileira

Lembro do frio que fazia e do sono que sentia naquele domingo de inverno.
Meu único desejo era me enfiar debaixo dos lencoes e dormir.
Quando escutei um velhinho me perquntar pelo jornal.
Estava aberto em cima do balcao. Peguei e vi a foto de Lula.
Uma reportagem de página completa, em catalan. (tenho guardada ate hoje )
Despertei na hora....Entreguei o jornal ao senhor com uma vontade danada de dizer que era meu presidente rsrsrsrs
Mas maior mesmo era meu desejo de não entregar o jornal e sentar tranquilamente numa das mesinhas do café, pedi um capuccino com crossant e ler a reportagem. Só tinha um detalhezinho: eu era a garçonete do café.
 Segui trabalhando e monitorando o jornal
Por fim chegou a hora do intervalo e realizei meu desejo.
O milagre de Lula, era o titulo.
Apesar de não ler bem em catalan entendi cada palavra como se fosse em português.
Porque cada palavra ali corria em minhas veias.Era minha historia, meu povo, minha terra, meu presidente.
Mais ou menos 4 anos depois assisti hoje a despedida, em Pernambuco, do Lula como presidente.
Lembrei da reportagem e do orgulho que senti em ver o Brasil sendo valorizado, respeitado, elogiado.
Nunca antes li ou ouvi elogios na midia sobre o Brasil.
Só os escândalos, as catastrofes, o futebol e o carnaval é noticia la fora.
Em seu discurso Lula falou das derrotas...da trajetória até chegar a ser eleito, reeleito e fazer sua sucessora.
E lá estava eu outra vez orgulhosa. Dessa vez por  ter votado naquele homem todas as vezes que se candidatou.
Por sonhar junto..por acreditar mesmo tendo medo que não desse certo.
É!!!!Os catalães estavam certo...o milagre de Lula.
Sem títulos, sem sobrenome, nordestino, retirante e metalurgico deixa o cargo de presidente homenageado em canto do Brasil.
Chora e faz chorar.
Sonha e faz sonhar.
Realiza e faz realizar.
Orgulha -se e dar orgulho de ser brasileira.

                            Obrigada Lula


domingo, 26 de dezembro de 2010

TEMPO

TEMPO
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
 
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
 
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...
 
...Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
 
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
 
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
 
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
 
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!
 
(Carlos Drummond )

Padre Miguel

Fui reencontrar um velho amigo da familia.
Uma dos melhores amigo do meu pai.
A ideia era da um cheiro em alguem que fez parte da minha vida:
Miguel do Sinal,como painho chamava.
Para mim, Padre Miguel
Antes mesmo de entrar na igreja eu reconheci a voz..
Era tao familiar quanto as lembrancas da  minha infancia
E a famosa historia do tamanco que joguei na testa dele.
Enquanto assistia a missa misturava oracoes com recordacoes.
A viagem a Europa feita por ele e painho.
A expressao dos olhos dele  ao me ouvir falar da gravidade da doenca do amigo
 A voz forte mas tremula enquanto presidia o cortejo funebre do amigo que se despedia da cidade onde foi seu templo
Mas  principalmente me recordava da fé e do encanto com o  ritual da missa.
Que desde o  leito de morte de meu pai (13 anos atras)
nao mas achei
Exatamente no dia 25 de dezembro assisti no quarto do hospital a ultima missa da vida dele.
Ja nao existia força. Só fé.
Um fe  inabalavel que nunca mais encontrei em ninguem.
Nem mesmo em mim.
Foi a minha ultima missa de Natal.
Até ontem, naquela visita.
naquela missa
Mas que reencontar o Padre Miguel, irmao de sacerdocio e de fe do meu pai.
Um tio querido.
ReencontreI dentro de mim uma  fé que eu nem lembrava que existia tao forte dentro de mim.
Reencontrei em mim o Espirito de NATAL



.




terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Árvore de Natal

Depois de muitos anos montei um árvore de Natal.
Essa curtiçao sempre foi de minha mãe. Até forcei a barra e montei a árvore de minha casa no ano que ela morreu. Era quase que uma homenagem. Mas acabou sendo uma torturaaaaaaaaa.
Vi árvores sendo montadas em casas que morei. Mas em nenhuma delas participei, curti....
Eram apenas árvores.
Hoje foi mais que curtiçao. Foi emoção!
A árvore não esta em minha casa...
Mas na casa onde mora o amor.
A árvore mais linda que já vivi.

Presente de Papai Noel : VÔ ALBINO

Por muito pouco tempo acreditei em Papai Noel.
Meu aniversário e o Natal  se misturavam e o presente sempre era do papai Cremildo e não do "bom velhinho".
Se era dificil esconder o presente dentro de casa sem que eu encontrasse.Imagina esconder  história do Papai Noel.
Depois inventei de ser gente grande, e o discurso politicamente correto ecoava mais alto.
Papai Noel era fruto da Coca Coca, estratégia de venda, ilusão do povo, realce das diferenças sociais.
E  no auge da minha ideologia, vi um Papai Noel fubento nas ruas do centro e comentei com meu amigo: queria de presente de Natal um avó. Nunca tive avó. E meu amigo disse que eu pedisse a Papai Noel.
RIDICULO!!!!!! Mas lá dentro, acho que pedi.
E voces não podem acreditar : ELE ME DEU!!!

Dias despois conheci minha mãe biológica que ainda tinha pai e mãe vivos
Exatamente no dia 1 de janeiro acordei com um senhor na porta do meu quarto, carteira capanga debaixo do braço. Que se anunciou com firmeza:Sou eu Albino,seu avô, pai de Maria Helena.

Ainda no efeito do sono e no susto com a apresentacao senti minha cabeça dar voltas.
Numa fraçao de segundos pensei como vou chamá-lo Seu Albino, Vô Albino, Albino, Vovô.
Não chamei nada, puxei- o pelo braço e o arrastei até o quarto onde minha mãe dormia.
Joguei o pepino pra ela, enquanto acalmava meu coraçao que só dizia risonho: voce tem vô.
Depois de me acostumar com a idéia entrei na conversa, fui relaxando.
E lá vem o vô outra vez com sua sutileza de fazer anuncios.
Olhou nos meus olhos e disse:
" Você sabia que eu disse a sua mãe que você nao era minha neta?"
Não!! Eu realmente nao sabia, faziam 6 ou 7 horas que eu tinha sido oficialmente  apresentada  a  minha mãe depois de 18 anos se distanciamento.
Mas o vovô, nao parava.:
Pois é, eu disse!
Mas você ja nasceu  provando que era minha neta.
Nasceu no dia do meu aniversário. Minha 1ª neta.
Cada vez que eu comemorava minha vida, eu lembrava que rejeitei a sua....Você é minha neta".

Descobri  ali que nasci no dia 22 de dezembro. Até ali meu aniversário era dia 25 ( cada família ficou com uma data pra não chocar agenda :) Eu fiquei com 2 aniversários
Realmente me interessa muito pouco se ele rejeitou ou nao. Era mais significativo a nova data de aniversario e meu encanto com o presente do Papai Noel.
O vô seguia falando, contanto histórias. Coisas de avô.
Mas um avô sem vergonha, boêmio, Don Juan..maloqueiro mesmo.
Não parecia com nenhum avô que conheci antes.
E entre uma brincadeira e outra ele me disse que estava com câncer, morrendo.
Eu ja sabia. Mas antes era um fato. Naquele momento, passou a ser uma ameaça de perda
Foi ahi que me senti pela 1ª vez  neta dele.

5 meses depois ele se foi..mas deu tempo de ser neta, de ter avô.
De ser a girrafa do vovô. De passar o sábado na casa dele vendo fotos, comendo besteira e tomar uma skol gelada como ele tanto gostava.

Hoje acredito em Papai Noel. Ele me deu de presente Vô ALBINO.
E ainda deixou guardado Vó Lindolfo, pai do meu pai, que conheci meses depois.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PARA MINHA SOBRINHA



Um dia desse era os cachinhos de ouro da titia.
 



                   Hoje, pode ser preto boca da mata, chapinha perfeita, caju, castanho, louro ou só desmantelado.
                     Não importa o look, a cor, o jeito...saudades dessa menina.


                                                 Hoje, menina mulher


Mas sempre o ouro mais precioso da titia. 
Pode crescer, pode mudar.
Você sempre terá seu lugar
 

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL

 Aos companheiros do G12



Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
...alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

Cora Coralina

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tela de descanso do PC

 

Duas fotos roubadas de orkut.
Uma comuniquei o furto. A outra nem lembro de quem furtei ( Perdao!!!!Se aparecer o dono eu coloco com todo prazer o credito).
Mas roubo a parte....Lindas fotos que retratam a mim mesma do descanso de tela do PC.
E como foto boa nao precisa de palavras.
Ahí estou!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

De volta à casa

Como é engraçado os esconderijos que encontramos dentro de nós mesmo.
Desmontei minha casa, ccruzei um oceano, morei em mais de 18 casas, atravessei fronteiras, aprendi línguas, passei frio, conheci outras culturas,vivi tantas coisas surreais.
Ganhei o mundo...coloquei o pé na estrada.
E de repente, quando voltei pra casa certa que era cidadã do mundo  descobri que esse tempo todo eu estava buscando  era minha casa e não o mundo
Uma casa que vai alem do conceito  de espaço físico.
Uma casa que vai além da razão.
A casa arcaica, primaria.Acho até que fetal.
Um buraco...um vazio...
E lá dentro, bem no meio do esconderijo estavam os registros da ausência da mãe biológica ou mesmo da família toda.
Estava a busca eterna de identidade com uma família linda e amada, mas que não me respondi de onde eu vinha, com quem eu parecia e de que casa eu era.
Hoje volto a minha casa.
A casa construída com a historia que vivi e não com as historias não pude viver.
Hoje volto a minha casa : chão, parede, teto que me abriga até mesmo quando me deparo com meus vazios.
Como é bom tá de volta pra casa!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dormindo com os anjos

De volta à casa...a moça da recepção

Anos atrás descobri que casa não é propriamente paredes, chão e teto.
Pode ser um colo, um tapete, um paninho de chita.
Descobri também o que é simbolico e o que é realidade.
Tudo bem certinho, definido na cabeça.
Hoje, descobri que nada tava certinho e definido. Não, não hoje!
Hoje preciso de paredes, chão e teto de preferência bem fortes.
Mas antes de ir conviver com o real passei na casa simbólica.
Queria ficar perto do sentimento de trazer alegria por estar de volta à casa.
Queria me sentir acolhida...amparada
E fui!
Alguém tão familiar..que eu nunca tinha visto antes.
Alguém sem nenhuma pretensão, "formação relacional" ou parte de histórias passadas.
Alguém novo: a moça da recepção. Que nem sei o nome mas que me fez entender que mesmo de volta para casa o desconhecido está lá.
E como o desconhecido pode ser encantador.
Tanto quanto ela foi.

Dentes travados

Tudo travado nas articulaçoes.
Incomodo, dor e uma necessidade de movimento apesar da dor em cada mexida
Confronto do racional com o emocional.
Metade de mim, não é todo. A outra metade não é mundo sem fundo.
Lágrimas e um pulsar de alegria por ter medo de viver a tensão, essa guerra interna.
Mas a sinceridade de assumir  o desejo imenso de ainda acreditar que é possível ser feliz, sonhar.
Entro pela madrugada com os dentes travados e o coração leve mesmo sabendo que vomitar minhas angustias machucou a quem mais eu quis amar, ninar...
Madrugada a dentro busca no sono o acolhimento que preciso para destencionar e me acalanto para amanhecer mais feliz e sonhando.
E se não pedir demais, quero sonhar sonhos possíveis.
Traduzindo: deu tudo errado do sonho. Tô é fudida! :


http://www.youtube.com/watch?v=E7XVLVMgsB0

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Caminhando pela vida

2 anos atrás eu estava voltando ao Brasil, depois de 5 anos fora.
Nunca consegui explicar as pessoas o que fui fazer " do lado de lá". Verdadeiramente, não sei se me interessa muito explicar.
Sei o que vivi, aprendi...Os caminhos que trilhei.
Hoje, lembrei dessa foto e da 1ª música que escutei quando cheguei na Espanha.
Sigo caminhando sem pausa e sem presa